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31.1.05

partialhear


(versão 1295b - série "amor")

Estar só,
dependendo de ti para num afago breve...
Exaurir-me
Exangue névoa expelida
por uma luz perpétua.
(Alheada partida, chegada num partilhar sempre adiado; Pela tua íris tracei-me num arco…)
Exaurido horizonte
cansado do olhar...


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19.1.05

cumplicidades


(versão 1264a - série "amor")

Cúmplice idade, cidade que me trouxe em ti aldeia.

Partilha de sempre, nascida hoje.
Em teu país viajo transportando-me na tua boca

Terras que visito com nomes que se escrevem com as palavras amor, esperança
... sempre em frente, louca viagem.

Voragem do estarmos, assim!


(dedicado à Maria Branco)

(The Kiss de Gustav Klimt)

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11.1.05

recordar o amanhã


(versão 1247a - série "amor")
Sempre em frente... até ao fim de ontem.
Amarro as mãos, cortando-lhes o voo do querer... mas que eu não.
Em frente, o Feiticeiro de Oz e a estrada do arco-íris... acenam-me. Sento-me na beira da estrada a saborear o cansaço porque ainda dói. Olho para trás para os caminhos de "era uma vez...".
Semicerro os olhos, corto as cordas que amordaçam o passado e liberto-me da dor.
Transbordando de lágrimas sorridentes, levanto-me guardando-as em mim.
Agora de pé... até ao fim de ontem... sempre em frente.
Procurando no futuro o querer presente, recordação...


(Replagiado dedicado à Nia)

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1.1.05

O princípio do fim de ontem


Sempre me olhou da mesma maneira sem nunca recusar um sorriso, aquele eterno sorriso desenhado para mim.
Sempre se deixou acariciar, complacente... sem nunca acenar com a retribuição do afago. Sempre lhe não retribuí as palavras que nunca me disse.
Sempre omiti o que nada importa.
Sempre à espera sabendo que não regressaria.
E sem nunca censurar os seus lábios que jamais esquecerei...
... na impossibilidade de decretar a desilusão, o esquecimento!
Pejado das não recordações, eis quão fácil é o olvido. Não renegando o passado que de impretéritos só as suas certezas... porque só assim é possível seguir em frente.
Sempre em frente vã memória, pois.
Qual marioneta dum amor atado. Alada?
Sempre em frente... até ao fim de ontem.
(às vezes é mais fácil amar o passado)


(versão 1227a - série "amor")
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