25.3.04
Mulheres
(versão 585a - série "amor")STOP VIOLENCE AGAINST WOMEN
NO MÁS VIOLENCIA CONTRA LAS MUJERES
HALTE À LA VIOLENCE CONTRE LES FEMMES


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21.3.04
Dia Mundial da Poesia
(versão 576b - série " artes ")
Florbela Espanca

Ódio?
Ódio por ele? Não... Se o amei tanto,
Se tanto bem lhe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida assim roubei todo o encanto...
Que importa se mentiu? E se hoje o pranto
Turva o meu triste olhar, marmorizado,
Olhar de monja, trágico, gelado
Como um soturno e enorme Campo Santo!
Ah! nunca mais amá-lo é já bastante!
Quero senti-lo d'outra, bem distante,
Como se fora meu, calma e serena!
Ódio seria em mim saudade infinda,
Mágoa de o ter perdido, amor ainda.
Ódio por ele? Não... não vale a pena...
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(versão 576b - série " artes ")
Florbela Espanca

Ódio?
Ódio por ele? Não... Se o amei tanto,
Se tanto bem lhe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida assim roubei todo o encanto...
Que importa se mentiu? E se hoje o pranto
Turva o meu triste olhar, marmorizado,
Olhar de monja, trágico, gelado
Como um soturno e enorme Campo Santo!
Ah! nunca mais amá-lo é já bastante!
Quero senti-lo d'outra, bem distante,
Como se fora meu, calma e serena!
Ódio seria em mim saudade infinda,
Mágoa de o ter perdido, amor ainda.
Ódio por ele? Não... não vale a pena...
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19.3.04
Pai
(versão 567a - série "amor")

Foto de Jean-Marc Bouju (Foto do Ano - concurso World Press Photo, 2003)
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(versão 567a - série "amor")

Foto de Jean-Marc Bouju (Foto do Ano - concurso World Press Photo, 2003)
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16.3.04
Sempre em frente
(versão 558v - série "amor")De entre os escombros da vontade partida restam as lágrimas dos que já não choram.
E em lágrimas lava-se um passado que se repetirá sempre. Caminha assim por entre os destroços da vida e julga ver, por vezes, o amanhã.
Incontidas por inúmeras ocasiões as palavras embargadas pela dor, palavras que jamais pronunciará e que agora tardam em reparar a timidez arrependida.
E tão só haveria, gostaria de ter-lhe dito: sempre, para sempre!
E em lágrimas lava-se um passado que se repetirá sempre. Caminha assim por entre os destroços da vida e julga ver, por vezes, o amanhã.
Incontidas por inúmeras ocasiões as palavras embargadas pela dor, palavras que jamais pronunciará e que agora tardam em reparar a timidez arrependida.
E tão só haveria, gostaria de ter-lhe dito: sempre, para sempre!
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12.3.04
4.3.04
De bicicleta
(versão 526d - série " vícios ")Ziguezagueante a bicicleta amparava-o pelo passeio de encontro à sua bem amada... bebida.
Porquê bebida, perguntava-se? Se ainda não havia tangido os seus esfumados lábios. De encontro à beber vociferava a bicicleta calcorreante para os braços da sua já amada.
E bebiam os dois embicicletados um no outro enquanto disputavam o cinzeiro da estrada que os levava para onde não tinham saído. Tragos depois, muitos, desabraçavam-se e ele mui aristocraticamente depositava-se sobre ela levando-a para longe de si própria na vã esperança de se perderem. As cinzas do roliço alvo bem sugado eram a única testemunha de tão inacreditável amor.
Se a bebesse...
... talvez me esfumasse.
Porquê bebida, perguntava-se? Se ainda não havia tangido os seus esfumados lábios. De encontro à beber vociferava a bicicleta calcorreante para os braços da sua já amada.
E bebiam os dois embicicletados um no outro enquanto disputavam o cinzeiro da estrada que os levava para onde não tinham saído. Tragos depois, muitos, desabraçavam-se e ele mui aristocraticamente depositava-se sobre ela levando-a para longe de si própria na vã esperança de se perderem. As cinzas do roliço alvo bem sugado eram a única testemunha de tão inacreditável amor.
Se a bebesse...
... talvez me esfumasse.
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